terça-feira, 26 de março de 2013

Joe Jordan - Capítulo 11 - É, estou de volta, caindo na estrada





     O rádio tocava Johnny Cash enquanto atravessávamos o Texas, havíamos acabado de passar por Houston, estávamos a caminho de San Antonio. Gawain continuava a briga com Jessica, insistindo em que a melhor maneira de matar um zumbi era destruindo seu cérebro, Jessica dizia que não bastava destruir o cérebro para matar um zumbi.
     - I hurt myself today... - Cantava Hayley baixinho com a cabeça deitada em meu colo enquanto eu olhava pela janela do carro, incrível como quatro pessoas poderiam caber em uma cabine de uma caminhonete. 
     Olhei para o horizonte na estrada, pensei comigo mesmo que deveríamos procurar um lugar para passar a noite logo.
     - Gawain, não acha melhor a gente ir passar a noite em um hotel, sei lá. - Perguntei.
     Gawain franziu a testa, tentando se focar na estrada.
     - Boa ideia...  - Disse Gawain.
     - É. - Concordou Jessica. - Devemos chegar a San Antonio em alguns minutos, lá, com certeza, deve haver um hotel.
     Eu suspirei, estava mais aliviado, não queria que Gawain dormisse no volante e provocasse algum tipo de acidente. Olhei ao horizonte, o sol baixava quase por completo, em 5 minutos, o céu já estava escuro e a lua minguante reinava no céu, brilhante.
     Ouvi algo zumbir em meu ouvido, como se o ar passasse ao meu lado em alta velocidade, e eu não estava errado, mais a frente, uma figura escura, com uma capa longa parara no meio da estrada.
     - O que diabos é aquilo? - Disse Gawain se ajeitando no volante.
     A figura abriu uma capa enorme e se mostrou, ele era pálido, muito pálido, meio azul, ele arreganhou a bocarra cheia de dentes enormes afiados, o que parecia ser uma mulher, agora parecia ser um demônio.
     - Noiva do Drácula afrente! - Gritou Gawain puxando uma besta e apontando para a figura, começou a atirar enquanto estava dirigindo.
     Jessica pegou a escopeta do pai dela, pôs um cordão de prata como munição e saiu da cabine, foi para a parte da carga e ficou mirando na fera.
     Eu peguei minha pequena adaga e saí janela para cima da cabine da caminhonete, Gawain diminuiu a velocidade até chegar a zero, a uns dez metros da criatura que saltou e desapareceu na escuridão, apareceu atrás de Jessica, estava prestes a mordê-la, mas pulei no seu pescoço e quase lhe cortei a garganta, quando caímos no escuro, ela desapareceu.
     Todos ficamos apostos caso ela reaparecesse, quando ela reapareceu atrás da Hayley, eu estava a uns 3 metros delas, mas corri, e então um vulto surgiu debaixo da capa de chuva, que ocultava a bagagem da caminhonete(armas e munições), com uma flecha de prata na mão e cravou na clavícula do monstro.
     - A minha irmã não, vadia! - Disse Kurt ao lado do corpo inconsciente do monstro, ele cuspiu nela.
     Hayley estava assustada com a vampira, mas olhava para Kurt como se seu coração fosse parar naquele instante, fui até ela e a abracei.
     - Está tudo bem, Hay, está tudo... - Dizia eu.
     Hayley me olhou com fúria e explodiu.
     - KURT! O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?!
     Kurt se encolheu um pouco e depois falou.
     - De nada.
     - Não vem com ironia para cima de mim, não! Como você conseguiu se infiltrar entre as armas e munições? - Exigiu Hayley.
     Kurt fez uma careta e depois começou a coçar o cotovelo, olhando para baixo e olhou para Gawain, que parecia que tinha visto um fantasma.
     Hayley seguiu o olhar de Kurt e foi até Gawain e começou a bater nele.
     - O que - uma bofetada - você - outra bofetada - tem - mais uma - na cabeça!? - Hayley continuou batendo nele e parou para que ele pudesse responder.
     Gawain olhou com raiva para o irmão.
     - Ele fez aquele olhar irresistível de gatinho... não consegui resistir. - Explicava Gawain, eu comecei a rir baixinho, tentando esconder o riso, Gawain me fuzilou com os olhos.
     - Não importa! Nós vamos... - Hayley não chegou a terminar a frase, ouvia-se de longe ruídos como um monte de morcegos gritando, olhamos para atrás na estrada e vinham mais vampiros atrás de nós, Gawain arregalou os olhos, Jessica já levantava a arma, Hayley só consegui pegar o irmão mais novo dela e gritar. - CORRAM! - Todos corremos em direção ao carro para tentar salvar nossas vidas de um ataque de vampiros loucos.


Continua...

sexta-feira, 22 de março de 2013

Os Símbolos da Tormenta - França - Capítulo 10 - Final - O Grande Tormenta Parte 2




     Liza não esperava por aquilo, um navio pirata no bem no Canal da Mancha, como ninguém notou isso antes? Ela estava admirada com o quanto aquele navio era grande, o pior, nenhuma força naval percebeu sua aproximação? Ela queria se aproximar, ela se lembrava um pouco das palavas de Siergart, ele disse que o navio era a passagem deles para a Inglaterra.
     - Vamos para a Inglaterra? - Perguntou ela.
     - Claro que sim, minha cara. - Disse Siergart. - Lá encontraremos nosso segundo Símbolo da Tormenta.
     - Segundo? Quantos são? - Perguntou ela.
     - Quatro. - Dessa vez, quem respondeu foi Léo, ele fitava sério o navio.
     Liza sentia que já havia visto aquele majestoso navio uma vez, mas não lembrava de onde, ela tentou se esforçar para se lembrar, mas nada lhe vinha a cabeça.
     - Liza. - Chamou Léo, ela despertou, atenta.
     - Sim? - Perguntou ela.
     - Vá chamar os outros, diga a eles que vamos partir mais cedo esta noite. - Respondeu ele.
     Liza saiu do campo de visão e foi até o acampamento, ela acordou José, Susana, Marcos e Geovanna para que eles pudessem seguir caminho, ela voltou para as perto das caixas, ela conseguiu ouvir a conversa de Léo com o pai.
     - Ela é muito bonita... filho. - Dizia Siergart, certamente, falando sobre ela.
     - É, mas... ela não é a Bianca. - Respondeu Léo, ele olhava atentamente para os piratas que descarregavam caixas do barco para o porto.
     - Ela se parece muito com a Bianca.
     - Mas ela não é a Bianca, pai, ela não é a garota que eu mais amei na minha longa e infeliz vida.
     - E se ela for?
     Léo olhou incrédulo para seu pai.
     - Ainda acredita nessa bestei...? - Começou Léo.
     - Não, garoto, não é besteira, reencarnação é coisa séria, e eu acredito, sim, desde a primeira vez que a vi, que ela é a reencarnação da princesa Bianca, ela pode derrotar o Duque Henry, o imortal. - Disse Siergart.
     - ELA NÃO É A BIANCA! - Vociferou Léo. - Essa garota não tem condições de ser algum tipo de reencarnação dela, ou o que seja, ela apenas se parece com a Bianca.
     - Se você realmente acha que ela não é a reencarnação da princesa Bianca, então por que foi até Portugal para vê-la? Por que aturou ela esse tempo? Por que gosta do jeito dela? Por que a beijou? - Perguntou Siergart.
     Liza saiu do esconderijo e foi até eles.
     - Pois é, Leonard, por que me beijou? - Perguntou ela de braços cruzados, de pé, os dois ficaram de olhos arregalados.
     Bem na hora que um pirata a viu e gritou, vários piratas o cercaram e os levaram para dentro perto do navio, havia um homem corpulento e barbudo a espera deles, esse homem sorria como se houvesse ganhado na loteria.
     - Ora se não é meu velho amigo Leonard Ghalliard... há quanto tempo, não é mesmo? - Disse o homem barbudo, sorridente.
     Léo sorrio fracamente.
     - Capitão Burgh, que prazer revê-lo. - Disse Léo, claramente fingindo.
     - Você já mentiu melhor, garoto. - Disse o capitão Burgh.
     - O senhor também já cheirou melhor. - Disse Léo, o capitão caiu na gargalhada e colocou a espada na garganta de Léo.
     - Leonard, Leonard, Leonard... pequeno e precioso Leonard... volte a se juntar a nós, terá seu posto de segundo no comando de volta, imagina só... viajar no grande Tormenta de novo. - O capitão encheu a boca ao falar a palavra "Tormenta". Liza se sentia ligeiramente incomodada com o fato de estar sendo segurada por um pirata que a xavecava direto.
     Léo sorriu.
     - Eu adoraria, capitão Burgh, mas, sabe como é? Eu tenho coisas a fazer... se é que me entende, então... - Ele deu um salto e chutou a cara do capitão Burgh, depois congelou os seis piratas que prendiam seus companheiros, depois se virou para congelar mais dez piratas e congelou os pés do capitão no chão, deu outro chute e o capitão caiu para trás.
     Tudo foi tão rápido que Liza só teve tempo de puxar o punhal e cortar a perna de um pirata, que caiu no chão, e cortar o peito do outro, e cair por cima dele, batendo a base do punhal na cabeça dele.
     Ela se levantou assustada, Léo segurou seu braço e a puxou para o navio, José, Susana, Marcos e Geovanna já estavam a bordo, tirando os outros piratas que estavam dentro do navio, Léo congelou a ponte de passagem do navio para o porto, ele cortou as cordas que eles estavam atracados e correu com Liza para a bordo do navio.
     - Não falta mais ninguém? - Ele perguntou ofegando.
     Geovanna apontou para o porto, ele olhou e viu seu pai lutando contra vinte piratas, Siergart parecia um lobo contra os vinte piratas de Burgh, ele era feroz e ágil contra os oponentes, ele girou o braço por cima da própria cabeça, apontando para o Canal da Mancha, ele sabia o que queria dizer, ele deu ordem a todos para içar as velas, para se prepararem para partir.
     Liza se sentiu um pouco tonta e se sentou no convés, ela sentia uma dor estranha, ela pôs a mão na lateral do corpo, e sentiu algo lá, ela olhou atentamente e lá, na lateral do corpo dela, havia uma flecha, sua visão começou a ficar turva.
     Léo se vira para Liza e a vê sentada no convés, pálida, mais pálida que o habitual, ele viu algo brotar da lateral do corpo dela, ele foi correndo até ela, desesperado, ele largou a espada ao lado dele e ficou ajoelhado ao lado dela, ele sentiu-se como da última vez, quando havia perdido Bianca, parecia que tudo estava se repetindo, como se o mundo não quisesse que ele jamais fosse feliz ao lado de alguém, congelar seu coração seria a melhor opção, ele sabia que ela não era Bianca, mas ela lhe lembrava muito a Bianca que ele um dia conheceu e se apaixonou, e agora ele via que estava perdendo-a, ele sentiu a mesma pontada em seu coração, será que ele estava novamente se apaixonando? Por Elizabeth Cortez? Uma simples garota de Portugal que lhe atraíra muito.
     Liza o via ali, ao lado dela, ele estava, ela não podia acreditar, chorando... ele estava chorando por ela, porque ela estava partindo, partindo para um lugar onde ele não poderia alcançá-la novamente.
     - Léo... - Liza chamava fracamente. - Eu... eu te perdoo pelo que disse... por que... quem ama de verdade, perdoa, e eu... estou apaixonada por você...
     Léo não conseguiu segurar e caiu em choro, acariciando o rosto dela, ela sorriu e fechou os olhos, e se viu no nada e no tudo ao mesmo tempo, ela viu seu pai diante dela, ele sorria calorosamente, e ele só disse uma coisa.
     - A sua hora não chegou, filha, você ainda tem muito tempo por vir. - Ele disse.
     Liza se sentiu sendo puxada de volta e abriu os olhos, ela viu Marcos e Geovanna olhando para ela, Geovanna sorriu ao ver ela abrindo os olhos.
     - Onde... - Liza começou.
     - Nada de falar. - Interceptou Geovanna.
     - É, você tem que ir até o convés agora, tem alguém que precisa falar contigo. - Disse Marcos.
     Liza se levantou e se arrumou, ela se sentia um pouco indisposta, mas fez força até chegar ao convés superior, chegando lá, Léo estava na parte da frente do navio, ela foi até ele, ele se virou para ela, segurou a sua mão.
     - Me perdoa por tudo que eu disse... - Ele começou.
     Liza colocou um dedo atravessando os lábios dele, ela sorriu e se aproximou dele, deu-lhe um beijo demorado nos lábios e o abraçou.
     - Por hoje, não quero saber de mais nada além de nós dois... - Disse Liza acariciando o rosto de Léo, ele sorriu e a beijou os lábios. Ele fitou o horizonte, sério, ela ficou preocupada. - O que foi?
     - Não podemos, simplesmente ignorar a busca pelos Símbolos da Tormenta... - Ele olhou para ela. - Temos que encontrar os outros Símbolos... - Ela apenas assentiu.
     Liza continuou ali, abraçada a ele por um tempo indeterminado, admirando o horizonte, o Sol estava nascendo, mais radiante que nunca pela primeira vez em dias, para Liza, ela gostava de estar com Léo, e queria continuar assim até o final, mas a vida é uma caixinha de surpresas e nunca sabemos o que pode acontecer a seguir.
   

Continua... talvez...

Fã da semana!

Gosta de desenhar? Sim, então esta é a oportunidade perfeita!
Faça algum desenho sobre qualquer saga de livros, filmes, pode ser até mesmo de uma das histórias postadas aqui no blog e mandem uma foto do desenho(Ou quantas quiserem) anexada(s) em um e-mail para o endereço: alcateia1@outlook.com
Junto a imagem devem estar seu nome, idade, sobre o que mostra o desenho e de qual saga ele faz parte.
Seu desenho pode ser mostrado aqui semanalmente.
Agradecimentos: O Autor.

I'm Back

Pois é, pessoal, depois de um longo tempo voltarei a postar três vezes por semana, prometendo ter algumas curiosidades sobre metamorfos, histórias, projetos, desenhos e etc.
Já, já trarei as últimas novidades.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Os Símbolos da Tormenta - França - Capítulo 9 - O Grande Tormenta


     - Eu já disse que não vou responder as suas perguntas - dizia Léo - , e a não ser que queira viajar congelada dentro de um caixão, sugiro que não me faça mais perguntas e fique quieta, Elizabeth.
      Liza seguia, incansavelmente, Léo para onde quer que eles fossem, ela tinha várias perguntas para fazer a ele, quem, realmente, era ele, ela não saberia responder, e é o que mais ela gostaria de saber naquele momento.
      Ela não podia negar que estava começando a se apaixonar por ele, mesmo que eles tivessem se conhecido à tão pouco tempo, havia algo nele que a atraía, não se sabe se era o jeito dele, durão, difícil, não sabia se era sua força, vitalidade e conhecimento de liderança, ela não saberia dizer o que realmente a atraía em Léo.
      Eles caminhavam, atravessando a França, agora, pois Siergart estava ainda cansado demais para tentar o teleporte para qualquer outro lugar do mundo, ele disse que o tempo médio era de algumas horas, as vezes poderiam chegar a 48 horas se ele fez teleporte com a energia já esgotada.
      Marcos andava ao lado de Geovanna que estava totalmente coberta por uma capa preta, ele tinha todo cuidado com ela, se um raio de sol tocasse alguma parte do corpo dela, isso lhe provocaria uma tremenda dor, o que seria, evidentemente, bastante desagradável, José e Susana iam conversando, se entendendo melhor, Léo ainda se fazia de difícil para Liza, ela tentava quebrar o gelo as vezes, perguntando coisas comuns, como se faltava muito tempo.
       O fim da tarde chegou e o céu escureceu, Liza não desgrudava de Léo, querendo saber mais alguma coisa, a noite, na fogueira, ela ainda continuou tentando arrancar alguma coisa dele, o que estava deixando-o claramente estressado.
       - Quer parar de me fazer perguntas, por favor? - Pediu ele.
       - Só quando você respondê-las. - Insistiu ela.
       Ele hesitou e então relaxou, a essa altura, eles já estavam em algum porto no litoral da França, onde ficava o Canal da Mancha, ele se sentou, ela também se sentou do lado dele.
       - O que quer saber? - Ele perguntou.
       Ela respirou fundo.
       - Em primeiro lugar: vou te fazer não só uma, mas algumas perguntas, quantas forem preciso - acrescentou ela antes dele falar alguma coisa - quero saber quem era Bianca...
       Essa pergunta realmente pegou Léo desprevenido, ele coçou a parte de trás da cabeça.
       - Ela era uma pessoa muito especial para mim... já faz muito tempo...
       - Põe muito nisso. - Ela complementou, ele deu um pequeno sorriso.
       Ela se aproximou mais do rosto dele, acariciando o rosto dele, ele a olhava nos olhos, ela sentiu seu coração disparar, sua garganta e sua boca estavam secas, ela ansiava por aquele momento há um tempo, Léo sorriu para ela.
       - O que você, realmente, é? - Perguntou ela a Léo.
       Ele aproximou os lábios do ouvido dela e sussurrou:
       - Por que você não tenta descobrir? - Ele acariciava o pescoço dela, e ela se sentia cada vez mais atraída pelos lábios dele, até o momento em que os lábios dos dois se tocaram, ela sentiu sua boca ficar estranhamente gelada, até ela se lembrar que aquela era a temperatura normal do corpo dele.
       Ao término do beijo ela deu uma pequena risada.
       - O que foi? - Perguntou ele. - Eu beijo tão mal assim?
       - Não! - Ela ainda ria. - É que sua boca é fria.
       Ele riu.
       - Boca fria? - Perguntou ele.
       - É. - Ela ria.
       Siergart saiu das trevas e parou na frente dos dois.
       - Agradeceria se os pombinhos falassem um pouco mais baixo e prestassem a atenção naquilo.
       Ele apontava para o horizonte no Canal da Mancha, não dava para ver nada, havia muita neblina naquele lugar, ela forçou um pouco a vista e com algum tempo conseguiu ver luzes fracas vindas do mar e então, em alguns minutos um navio pirata, totalmente fora de época, rompeu do nevoeiro e atracou no porto, ela mal podia acreditar no que estava vendo.
       - O que é isso? - Ela perguntou a Siergart.
       Ele sorriu e respondeu:
       - Isso? É a nossa passagem para a Inglaterra. - Ele falou todo cheio de si. - Este é o navio Tormenta do Mar.

Continua...