Em algum lugar da vasta Europa, em alguma prisão de alguma torre de algum dos antigos castelos da Idade Média, encontrava-se um corpo caído, não gemia, não se movia, provavelmente estaria morto, mas então, dois homens vestidos com armaduras medievais idênticas, deveriam ser guardas do castelo, eles pegaram o homem aparentemente morto e o carregaram pelos braços, arrastando-o, desceram um lance de escadas, depois entraram por uma porta e andaram por alguns corredores até chegar à um palco. Um tipo de palco, com dois homens altos, encapuzados, segurando, cada um, um machado gigante, uma base de madeira quase do mesmo tamanho que o carrasco com uma lâmina curva na ponta de cima, apenas encostar na lâmina seria o bastante para cortar qualquer coisa, parecia recém-amolada, o homem, que deveria estar morto, seria executado.
O homem foi acorrentado, ele foi posto de pé, já não deveria ter forças nem para se manter de pé, um outro homem, pálido, bem vestido, com aspecto de morto se aproximou do homem.
"Você realmente achou que poderia... me matar?" disse o homem, sua voz era calma e fria, não hesitaria matar ninguém "Tentando quebrar minhas defesas? O meu castelo é impenetrável"
O homem quase morto virou-se para o homem frio, arrogante, que tinha o seu destino nas mãos e cuspiu no rosto dele.
"Saiba, duque Henry, que você é um canalha imbecil e arrogante. Pedik!(Педик!)" xingou o homem quase morto em russo.
O homem pálido deu um passo para trás, olhou para os carrascos e acenou. Um foi até o homem quase morto e segurou as costas dele, enquanto o outro mirava o machado no pescoço do homem, uma multidão observava, a maioria dos cidadãos e aldeões estavam com medo e frio, nevava, mas o homem quase morto não sentia frio, o machado desceu, mas não acertou o pescoço do homem, ele havia recuado e asfixiava o primeiro carrasco com as correntes, matou o homem facilmente, o outro investiu com o machado, enquanto a arma se aproximava do homem mais ela ia congelando, pesou tanto que caiu bem a sua frente e fincou no piso, o homem escalou o machado, chutou o rosto do carrasco que começou a congelar, as correntes congelaram e quebraram, ele olhou em direção ao duque, lançou um sorriso e um olhar de desafio, virou-se, se transformou em uma águia e sumiu pelo céu.
* * *
Instantes depois, Liza acordou do sonho, o mesmo sonho que tivera por duas semanas, mas sempre havia um final diferente, ela olhava diretamente para a parede do quarto que dividia com os dois irmãos, uma fotografia estava na parede, haviam três crianças, todas do mesmo tamanho, com um homem, cabelos castanhos, barba aparada, olhos castanhos e brilhantes, pele pálida como a das crianças, como a sua pele, ela passou a mão na cabeça, olhou para o calendário pendurado na parede, seria o dia do aniversário do pai dela, o homem da fotografia, se ele não tivesse morrido à dois anos. Ela seguiu sua vida desde então, tentando entender o modo como o seu pai havia sido morto, ela já tinha dezesseis anos, e vivia com a viúva de seu pai, que não era a sua mãe, era uma mulher má, arrogante e gananciosa com quem o seu pai havia se casado quando ela e seus irmãos tinham apenas quatro anos.
Continua...
Ansiosa pelos próximos!
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