sábado, 30 de junho de 2012

Os Símbolos da Tormenta - Espanha - Capítulo 5 - Valência em chamas

     Liza poderia confessar que o maior choque que ela teve não foi tudo que havia acontecido, ela estava estupefata com o homem com asas de anjo, essas asas que sumiram, mas ela tinha certeza que tinha visto, com o modo que ele havia derrotado aquele monstro, mas ela estava mais surpresa ainda com a ideia de que aquele homem, o mesmo homem que estava no seu sonho, fosse o pai do seu novo colega, e ele era por quem ela sentia uma forte atração.
     Léo se pôs um passo à frente e encarou o homem. Era impossível de se imaginar Léo sendo filho daquele homem, porque, afinal, o homem era feio, tinha dentes quebrados e uns lhe faltavam, tinha mau cheiro, estava todo sujo, e tinha várias feridas pelo corpo. O homem olhou para Léo cheio de orgulho, pulou de cima do monstro para terra firme e andou em nossa direção, Léo permaneceu parado, sua expressão era dura e fria, o homem abriu os braços para Léo, este apenas o encarou como se quisesse matar o homem, ele deixou os braços caírem.
     - Ora filho - disse o homem -, não deveríamos ficar ressentidos com as pessoas, principalmente com os nossos pais, não é mesmo?
     - Você me abandonou quando eu tinha seis anos disse Léo, furioso em um orfanato onde todos achavam que eu era maluco e que ninguém iria me querer.
     - Claro que iriam te querer, filho - disse o homem -, você é um filho maravilhoso, um rapaz tão poderoso que nem imagina o seu poder...
     Léo hesitou.
     - Como assim não imagino o meu poder? Sei muito bem os limites dele.
     - Ah, é mesmo? - O homem chegou mais perto de Léo, estavam à um braço de distância, ele observou seu filho, balançou a cabeça negativamente com uma expressão de desaprovação e riu por fim. - Filho, você não faz ideia do poder que você tem dentro de si, mas agora temos que ir...
     - Ir? Para onde? - Perguntou Léo.
     O pai de Léo o observou.
     - Espanha, meu filho, vamos procurar o primeiro Símbolo da Tormenta.
     - Símbolo de quem? - Perguntou José, fazendo careta.
     - Não é de quem, mas sim de quê. - Disse Marcos - Ele disse: o primeiro Símbolo da Tormenta.
     Léo os ignorou e focou em seu pai.
     - Vai me dizer o que é esse Símbolo da Tormenta?
     - Sim. - Disse seu pai, ele fitou Léo por um instante, depois olhou para cada um de nós. - Os Símbolos  da Tormenta são artefatos antigos tão poderosos que podem destruir centenas de vampiros, eram usados pelos egípcios na antiguidade para destruir os demônios.
     Geovana estremeceu, Liza pode perceber isso, ela se lembrou que Geovana teve que correr debaixo do sol com uma proteção, por que será que ela não podia tomar sol? Como se raios de sol fossem matá-la instantaneamente... a menos que... fosse mesmo matá-la instantaneamente, isso queria dizer que a namorada do seu irmão era uma...
     - Vampira! - Gritou Liza, apontando para Geovana, ela se encolheu atrás de Marcos, que espantou com o que a sua irmã havia dito, ele se enfureceu com Liza.
     - Do que está falando, maluca?! - Gritou ele.
     - Geovana é uma vampira!
     - De onde você tirou essa ideia maluca?!
     - Pense bem, Marcos, ela não gosta do sol, provavelmente frita se ficar no sol, Léo já tinha falado coisa parecida quando estávamos na escola, se lembra?
     - O sol deve ter fritado a sua cabeça! Isso é...
     - Verdade. - Disse Geovana, Marcos, se assustou, Liza olhava para ela, em expectativa. - Eu sou uma vampira.
     Todos ficaram apreensivos, entreolhando-se, com medo de Geovana, no instante em que revelou o seu segredo, Liza se sentiu culpada, Geovana pôs as mãos no rosto e começou à chorar. Vampiros choram? pensou Liza, ela olhou para Léo, ele olhou para ela, ainda frio, mas ele parecia querer ser solidário, suspirou, olhou para o pai, este mesmo olhou para Geovana, ela, olhou para todos, nós, com vergonha, e correu para longe de nós, Marcos tentou correr atrás dela, mas a velocidade dela era tão grande que ela desaparecera, instantes depois, dobrando a esquina da rua, para a sorte deles, ela entrou em uma rua onde havia muita sombra, ela entrou em um dos prédios e desapareceu, ali ela se esconderia até a noite.
      - Bem - disse o pai de Léo -, temos de ir, todos nós.
      Liza olhou para ele, confusa.
      - Todos nós? - Perguntou ela.
      O homem assentiu.
      - Essa jornada não deveria nem ao menos ser minha, apenas vocês sozinhos, agradeçam à Deus por eu estar aqui para escoltá-los.
      Depois de muita discussão, todos concordaram em seguir o homem, pois se continuassem ali, seria mais perigoso, haveria mais monstros seguindo eles, cada um passou rápido em sua casa para pegar uma mochila e tudo que necessitavam, voltaram a se encontrar na mesma praça, Liza percebeu Marcos olhar, apreensivo, na direção dos prédios onde Geovana deve ter se refugiado, ela imaginou se ele estava ressentido com ela por ter feito a sua namorada fugir.
      - Vocês dois vão ficar bem, depois, quando voltarmos, mano. - Disse Liza à Marcos, ele a olhou triste.
      - Liza, eu não sei... mas não se culpe, eu sei que você não teve a inten...
      - Muito bem, garotos, sabemos que o melhor jeito de viajarmos é por teletransporte, vamos teletransportar até Valência, na Espanha. - Disse o pai de Léo, Léo, ao seu lado, de braços cruzados e olhando feio para o pai. - Alguma pergunta? - Liza e José levantaram os braços. Ele apontou para Liza. -Diga, querida.
      - Tenho duas perguntas: Qual é o seu nome? E como vamos nos teletransportar? - Disse Liza.
      O homem riu.
      - Meu nome é Siergart, querida, e nós vamos teletransportar de uma forma fácil, basta ficarmos de mãos dadas, e deixar que o titio Siergart faz o resto. - Ele sorriu para todos, o que deu medo em Liza, aquele sorriso incompleto e amarelado, ele se virou para José. - E qual é a sua dúvida, garoto?
      - É que eu queria saber se dava para ir ao banheiro antes de teletransportarmos...
      - Claro, garoto, vá, rápido.
      Dez minutos depois, José estava de volta e estavam de mãos dadas, esperando Siergart fazer o teletransporte, o homem ficou sério, fechou os olhos e o corpo de Liza começou a levar choques, cargas elétricas passavam por ela, ela sentiu um empuxo forte e tudo ficou branco, logo depois, tudo voltou ao normal, só que estavam em um lugar diferente, e já estava de noite, Liza olhou ao seu redor, e viu um  prédio pegar fogo, parecia uma casa antiga, bem antiga, da época em que Portugal começara a colonizar sua parte da América do Sul, o Brasil.
      - Onde estamos? - Perguntou Marcos.
      - Estamos onde queríamos chegar - disse Léo -, estamos em Valência, Espanha.

Continua...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Palavras de um blogeiro (e autor) em crise.

Pois é, galera. Tive que me ausentar por um mês e meio, mas agora eu estou de volta.
\O/
A minha ausência motiva-se por eu estar escrevendo e ter estado "de férias" do blog. Mas agora que estou de volta, asseguro que isso não vai se repetir... pelo menos não sem eu avisar antes. Voltarei à postar a história dos Símbolos da Tormenta e logo depois estarei com uma surpresa, esperem só para conferir, até mais. Câmbio, desligo!